O ramo da economia é repleto de termos e jargões que podem soar estranhos para pessoas que não atuam diretamente no setor. No entanto, se você já solicitou um empréstimo ou fez investimentos, é bem provável que tenha se deparado com alguns deles. Por isso, preparamos este post para que você possa aprender o que é spread bancário e saber como ele é calculado.
Esse conhecimento é importante até para que você saiba como as instituições do meio utilizam o seu dinheiro e quanto você está pagando por cada operação de crédito, mesmo que, eventualmente, você não esteja percebendo. Continue lendo e descubra mais sobre o assunto!
Em outras palavras, quando você coloca dinheiro na poupança ou renda fixa, você está emprestando ao banco, que retorna para você com o acréscimo de pequenos juros. Já quando é você que solicita crédito, como no caso de financiamentos, você pagará os juros, nesse caso muito mais elevados, incluídos no valor das parcelas.
O spread bancário, portanto, é a diferença percentual entre as taxas de juros cobradas pelos bancos das que são pagas em atividades de captação. Exemplificando, se a rentabilidade anual da poupança for de 7% e os juros de um empréstimo na mesma instituição forem de 17%, podemos dizer que seu lucro de spread bancário será de 10%, o que é bastante alto.
O spread bancário, na realidade, é resultado de diversos componentes que incluem custos administrativos, impostos e a necessidade de obter superávit financeiro por parte dos bancos. Eles também cobram mais por conta do risco de inadimplência, que faz com que uma espécie de “margem de segurança” seja necessária, de maneira a compensar eventuais prejuízos.
O spread bancário do Brasil é um dos mais altos do mundo e isso pode ser percebido anualmente, a partir dos balanços das instituições bancárias, que aferem lucros exorbitantes. Uma das maneiras de fazer com que esse panorama seja minimizado é por meio da redução da taxa básica de juros, que no Brasil é a famosa Selic.
Além disso, outras práticas precisam ser alteradas, como a diminuição das cargas tributárias, o desenvolvimento de mais segurança jurídica para reduzir o risco das operações, otimização das dinâmicas administrativas e, logicamente, o aumento da concorrência, que é algo que vem ocorrendo naturalmente, sobretudo com a entrada de fintechs no setor.
Como você pôde ver, o spread bancário está presente no dia a dia de qualquer pessoa que faça operações financeiras por meio de instituições bancárias.
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