Os juros são o valor que pagamos quando tomamos dinheiro emprestado ou fazemos um financiamento. Quem empresta o dinheiro recebe o valor principal acrescido de juros, que correspondem à remuneração por ter disponibilizado os recursos.
Vemos isso acontecer o tempo todo, quando tomamos um crédito pessoal no banco ou fazemos um financiamento para comprar um bem, como um carro ou um imóvel. Agora, você sabia que existem diferentes tipos de taxas de juros?
Entender o que cada uma das taxas de juros representa é muito importante, especialmente quando solicitamos um crédito. Dessa forma, podemos calcular quanto estamos efetivamente pagando de juros e comparar com outras opções, para saber qual é a mais vantajosa.
A taxa de juros nominal normalmente é a que aparece na divulgação dos serviços financeiros. Assim, quando você vir um anúncio de financiamento com uma taxa de 2% ao mês, é aos juros nominais que ela se refere. Ela considera o valor do principal e o prazo total, sem descontar a inflação, e normalmente é expressa em porcentagem.
No caso de um empréstimo, por exemplo, isso significa que a taxa de juros nominal vai considerar o valor que você pegou emprestado e o prazo do empréstimo, sem descontar a inflação do período. Assim, se você tomou um crédito de R$ 10 mil e, ao fim de um ano, pagou R$ 12 mil, a taxa de juros nominal pode ser calculada como abaixo.
Já a taxa de juros real leva em consideração a inflação. Para calculá-la, basta subtrair a inflação da taxa nominal. Ela é muito útil para saber quanto, de fato, está rendendo uma aplicação. Se ela tem uma rentabilidade nominal de 6%, mas a inflação de 4%, a taxa de juros real para o investidor é de apenas 2%.
Agora, se a taxa de juros nominal for de 3%, com os mesmos 4% de inflação, a taxa de juros real é de -1%. Isso mesmo, pode ser negativa, o que quer dizer que, com aquela aplicação, o investidor não consegue compensar a inflação.
A taxa de juros efetiva é uma das taxas mais usadas e importantes do mercado financeiro, porque permite obter o real custo de uma transação. Diferentemente do que ocorre com a taxa nominal, aqui a unidade referencial coincide com a unidade de tempo da capitalização. Assim, fala-se, por exemplo, em 2% ao mês com capitalização mensal.
Essa é uma diferença em relação à taxa de juros nominal, em que o prazo de referência é diferente do prazo de capitalização. No exemplo que demos acima, da taxa de juros nominal, ela seria 20% ao ano, com capitalização mensal.
Na hora de tomar um empréstimo ou fazer um financiamento, é importante saber qual é o tipo de taxa e fazer as comparações sempre com outras taxas do mesmo tipo. No entanto, isso não é suficiente para saber qual é a opção mais vantajosa, porque pode haver outros custos além da taxa de juros.
Para saber qual vai ser, de fato, o custo total do empréstimo para você, é preciso checar o CET (Custo Efetivo Total). Ele engloba não apenas os juros, mas também outras taxas, encargos, tributos e seguros. Todas as empresas são obrigadas a informar o CET nos contratos.
Assim, para saber qual é a opção mais vantajosa, é para o CET que você deve olhar. Além disso, as condições têm que ser as mesmas. Assim, por exemplo, só é possível comparar opções com o mesmo prazo de pagamento.
Agora você já sabe como funcionam as diversas taxas de juros e tem mais subsídios para tomar uma decisão bem-fundamentada, que ajude o seu negócio a atingir os resultados esperados.
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